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Para Marx, toda a história da sociedade é baseada na luta de classes que aniquilava as classes envolvidas e reconfigurava a sociedade. E foi graças a essa luta de classes e ao fim da sociedade feudal que surgiu a burguesia. Das contradições do feudalismo surgiram as revoluções burguesas. No lugar do senhor feudal nascia o burguês moderno. Mas o sistema de divisão de classes permaneceu, porém todos os laços existentes como os feudais (que prendiam vassalos a suserano), familiares, laços cavalheirescos, foram resumidos a laços monetários. A burguesia mudou e revolucionou não só os meios de produção, mas também os laços de produção.
A burguesia fez, graças as suas mercadorias baratas, com que nações fossem obrigadas a adotar o modo de produção burguês, caso contrário seriam levadas a ruína. Fez o meio rural ficar totalmente dependente do meio urbano. Centralizou a população, os meios de produção e concentrou a propriedade nas mãos de poucos. Depois da revolução burguesa a manufatura não era mais o suficiente.
Mas, segundo Marx, esses mecanismos criados pela burguesia para se fortalecerem seriam também o motivo do seu declínio. O sistema burguês geraria crises e para acabar com essas crises acabariam gerando crises ainda piores. E toda a sua ruína aconteceria com a ajuda da sua maior criação: o proletariado.
“Mas a burguesia não forjou apenas as armas que lhe trazem a morte; também gerou os homens que manejarão essas armas — os operários modernos, os proletários.” (pág 18, 1848)
Marx afirma que um modo de produção e de opressão se encadeia no outro e que só o comunismo colocaria um fim nisso, pois não haveria mais classes e desigualdades. Para o fim do sistema burguês, uma revolução proletária deveria acontecer. Os burgueses acabariam criando uma massa de indivíduos insatisfeita. Os proletários (artesãos, camponeses, operários) começariam esse processo de forma isolada. Um indivíduo insatisfeito aqui e outro ali, depois de um mesmo grupo,