A Educação Brasileira durante o período de 1964 a 1985
O período entre 1964 a 1985 foi, sem dúvida, um dos mais significativos e transformadores da história educacional do Brasil. Uma época marcada pela intervenção militar, pela burocratização do ensino público, por teorias e métodos pedagógicos que buscavam restringir a autonomia dos educadores e educandos, reprimindo à força qualquer movimento que se caracterizasse barreira para o pleno desenvolvimento dos ideais do regime político vigente, conduzindo o sistema de instrução brasileiro a uma submissão até o momento inigualável.
Para entendermos as modificações impostas ao sistema de educação do Brasil e as consequências diretas e indiretas na sua estrutura, o que é possível percebermos atualmente, faz-se imprescindível a analise do contexto da época, o qual serviu para instauração da ditadura militar.
Tentou-se adequar o sistema educacional brasileiro aos seus interesses políticos, firmando diversos convênios, entre eles, o acordo entre o Ministério da Educação (MEC) e a United States Agency of Internatinonal Development (USAID). Essa parceria comprovava a subserviência da política governamental brasileira aos interesses políticos e econômicos estadunidenses, abrindo caminho, a certo ponto, à política neoliberal.
Educação Tecnicista A parceria MEC-USAID intencionava uma instrução baseada nos moldes da educação norte-americana que e o sistema educacional tecnicista, excludente e sem nenhuma atenção à educação básica pública, em suma, não visava desenvolver o senso crítico dos educandos, menos ainda um entendimento real do seu quadro social ao contrário, fazia brotar em cada educando o sentimento involuntário de individualismo, manifestado através da competitividade gerada pelo sistema, uma vez que, as teorias reprodutivistas propagavam a ideia de uma “escola reflexo” da sociedade capitalista. E neste aspecto, as reformas trouxeram muitos retrocessos. Se a educação nunca fora tratada com a real