A economia do desenvolvimento
Após a Segunda Guerra, especialmente nos anos 1950, nasce a chamada Economia do Desenvolvimento, com o pensamento anglo-saxão e os autores latino-americanos da CEPAL. Entre os autores anglo-saxões destacam-se Rosenstein-Rodan, Nurkse, Rostow, Lewis, Myrdal e Hirschmann.
O pensamento desenvolvimentista latino-americano, que tem em Raúl Prebisch o principal nome, é considerado por muitos autores como um pensamento econômico original, inaugurado com El desarrollo económico de la América
Latina y algunos de sus principales problemas (PREBISCH, 1949), e que na verdade trata-se de uma versão regional da Economia do Desenvolvimento, também baseada na hegemonia heterodoxa keynesiana na época. Além de
Raúl Prebisch, a CEPAL vai aglutinar autores como Celso Furtado, Aldo Ferrer,
Noyola Vásquez, Osvaldo Sunkel, Aníbal Pinto, e outros importantes pesquisadores da realidade latino-americana.
Com as teorias da CEPAL, buscava-se elucidar as características que o processo de acumulação e progresso técnico assume ao se disseminar as técnicas de produção capitalistas, no âmbito de um sistema econômico composto por centro e periferia. Na tese central que a representa em sua originalidade, tem-se a percepção que o progresso técnico se desenvolveu de forma desigual naqueles dois pólos. As indústrias do primeiro ao se desenvolverem mais rapidamente, promovem elevação dos níveis técnicos e de produtividade nas matrizes produtivas dessas economias. Em um grau comparativo, as economias periféricas obtiveram progresso técnico apenas em seus setores agroexportadores, e observam grande divergência nos outros setores produtivos de sua economia. Nestes conceitos a representação de centro e periferia supõe uma clara conotação dinâmica, permite perceber que o processo de desenvolvimento parte da hipótese de que há uma desigualdade inerente constituída. Assim, durante a evolução de longo prazo do sistema