A ECONOMIA DAS CONTRADIÇÕES.
Atualmente quase 40 milhões de pessoas passam fome no Brasil, enquanto que no mundo são mais de um Bilhão de famintos. O que significa que, para cada seis pessoas que habitam o planeta hoje, pelo menos uma não tem o que comer. Segundo dados do IBGE, a situação em que o Brasil se encontra hoje é ainda pior, dos 191 milhões de brasileiros, mais de um a cada cinco cidadãos está sem comida no prato. E fixe esta constatação estarrecedora: Um quinto da população brasileira está com fome, em estágio de desnutrição ou subnutrição. De acordo com o diretor da Organização das Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação [FAO], Jacques Diauf, o aumento no número de pessoas que padecem de fome no mundo, se deu em virtude da crise econômica global e dos altos preços dos alimentos. Segundo ele, essa combinação de crise e altos preços, fez com que 100 milhões de pessoas entrassem na categoria de famintos, o que supõe um incremento de 11% neste rol. Ainda segundo dados da UNICEF, um total de 2.600 milhões de pessoas, o que representa 39% da população do mundo, vive sem acesso a condições mínimas de saneamento básico. E as disparidades continuam, 97% das crianças exploradas se encontram nos países pobres ou subdesenvolvidos. Só na África, onde a situação é mais grave, metade dos que tem entre 05 e 14 anos trabalha. Já no Brasil, das aproximadamente 55 milhões de crianças de 10 a 15 anos, 40% estão desnutridas, e mais 27 milhões vivem abaixo da linha da pobreza, fazendo parte de famílias que tem renda mensal de até meio salário mínimo1. O Capitalismo, vigente a mais de 200 anos, fracassou para a maioria da população mundial. Hoje, são mais de seis bilhões de habitantes, e segundo o Banco Mundial, 2,8 bilhões sobrevive com menos de US$ 2 dólares por dia, e outros 1,2 bilhões, com menos de US$ 12 por dia. Mas, entre números tão absurdos, e inaceitáveis diante de uma civilização que vive o século XXI com avanços de toda ordem,