A economia da borracha
Prof Leonardo Castro
No fim da década de 1840-1850, a população do Pará estava ainda sofrendo os efeitos da Cabanagem e da repressão anticabana. O período que segue é caracterizado pelo ciclo da borracha: a antiga “droga do sertão” se tornou a matéria-prima da nova industria automobilística. A Amazônia era, então, a única região produtora de borracha no mundo. O período de exploração da borracha na região amazônica pode ser dividida em cinco fases:
1) No começo da produção da borracha a atividade estava entregue a aventureiros desorganizados e escravizadores de índios, a produtividade não chegava a 90 quilos por homem ao ano, ou seja, 1/3 da produção do século XX. Durante a fase de elevação inicial moderada, de 1830 a 1850, a produção ocorria em um mundo selvagem e atrasado em que a maior parte da mão-de-obra era de índios e tapuios.
2) A fase de melhoria do tirocínio (aprendizado ou exercício), permitiu um desenvolvimento acelerado da produtividade, de 1850 a 1870; algumas técnicas novas foram empregadas; havia certas divisões de tarefas operacionais; o emprego da navegação a vapor, que permitiu a descoberta de seringais virgens; este momento permitia uma produção de uns 200 quilos por seringueiro ao ano.
3) A “fase de adestramento nordestino”, de 1870 a 1890, com modesta elevação; ocorreu um grande contingente de imigrações originários do Nordeste, no entanto, tornava-se necessário uma nova aprendizagem pois os nordestinos não tinham experiências com a floresta amazônica.
4) A fase acreana, de 1890 a 1910; o aproveitamento em larga escala dos seringais do Acre impulsionou a produção, permitindo uma produção que subiu de 210 para 230 quilos média por homem.
5) No período mais recente, por ocasião da Segunda Guerra Mundial e nas décadas seguintes, a melhoria das condições de saúde, e a assistência governamental via Banco da Borracha, mais tarde a SUDHEVA, etc., permitiu que a produtividade se desenvolvesse mais