Visões Historiográficas sobre a Economia da Borracha na Amazônia (1942-1945)
Por: Jorgemar Monteiro
Palavras-chave: Imigração – Trabalho - Amazônia – Borracha.
São vários os relatos historiográficos que caracterizam por meio de diversos enfoques a Amazônia no período correspondente ao da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente entre os anos de 1942 a 1945. Grande parte dessas produções historiográficas, mesmo que apresentem estudos bem específicos sobre qualquer que seja a temática atrelada a este recorte cronológico, na maioria das vezes está direta, ou indiretamente ligada à economia gomífera. Certamente, que poucas foram as vezes em as atenções do Brasil voltaram-se com “bons olhos” para a região amazônica.
Diante dessa realidade, percebemos a importância que esse acontecimento representou para a nossa sociedade no campo econômico, político, social e cultural como apresenta Reis:
A corrida para a floresta, na colheita do látex, assegurou um novo condicionamento de vida na região. Atraíram nordestinos que se puseram a prova, mais uma vez com o ânimo viril e capacidade de trabalho. Impôs a formação de imensas frotas fluviais para o vai-e-vem dos negócios, [...], estabeleceu o contato da região com as grandes capitais do imperialismo industrial, na Europa e no norte da América. Permitiu a execução de políticas educacional levada às populações infantis da interlândia, estabeleceu com a presença de uma população dinâmica, as marcas que garantiram, na ausência de forças militares organizadas, a integridade e a soberania nacional.1
Assim, Reis aborda sobre o recorte e o período em evidência apresentando o seringal como a representação fiel do desenvolvimento político e econômico do Estado do Amazonas. Ou seja, a partir do estabelecimento dos seringais a região amazônica passou a ser inserida no contexto nacional, como um grande potencial econômico e político.
Evidentemente não podemos negar de forma alguma as contribuições que o processo