A borracha na economia brasileira na primeira republica
A Borracha na Economia Brasileira da Primeira República
PRADO, Maria Ligia Coelho. CAPELATO, Maria Helena Rolim. A Borracha na Economia Brasileira da Primeira Republica. In: FAUSTO, Boris (org.). História Geral da Civilização Brasileira. O Brasil Republicano v.8. Estrutura de poder e economia. (1889-1930). 2ªed. São Paulo: Difel, 1977. Pp. 287-307
A região amazônica, desde o inicio da colonização, caracterizou-se pela exportação de produtos primários, distinguindo-se, até a Primeira República, três fases na sua economia. Dos primórdios da colonização à segunda metade do século XVII, todo interesse econômico da região esteve voltado para as especiarias, tendo os esforços concentrado no extrativismo.
A primeira fase da economia amazônica ficou caracterizada com a inserção indígena na mão-de-obra empregada na coleta do cacau, salsa, cravo, canela, castanha, raízes aromáticas, madeira, dentre outros, por iniciativa de missionários que foram para a Amazônia com o objetivo de catequiza-los, porém tiveram maior interesse nas atividades econômicas. Taís produtos eram utilizados na alimentação, condimentação, farmacopeia e construções, encontrando consumo certo no mercado europeu, habituado as especiarias do Oriente. O extrativismo florestal, a extração de peles de animais, a caça e a pesca foram os fundamentos da economia amazonense.
A segunda fase se estendeu de meados do século XVIII a meados do século XIX, ficando caracterizado pelo incentivo à agricultura. A produção agrária beneficiou-se com medidas do atual governo como: as isenções de impostos, a concessão de sesmaria como prêmios, a distribuição de instrumentos agrícolas e outros elementos para o bom desenvolvimento do trabalho. Apesar da prosperidade agrícola, nessa segunda fase o volume de produção extrativa era ainda maior do que o volume de produção cultivada. A economia amazonense até o fim do período colonial tinha uma importância muito reduzida na balança comercial do país. Com a terceira fase