A DINÂMICA DO ESPAÇO LATINO – AMERICANO
A América Latina é formada pelos territórios situados ao sul do Rio Grande, na fronteira entre os Estados Unidos e o México. São consideradas três unidades distintas: México, América Central e América do Sul. Além das línguas latinas que identificam os países na regionalização considerada, a formação histórica da América Latina se caracteriza pela colonização de exploração, predominante no período que vai do século XVI ao século XVIII, cujo objetivo principal foi o enriquecimento das metrópoles colonizadoras a partir do esgotamento dos recursos naturais disponíveis nas colônias e da produção de bens agrícolas primários a baixos custos, sem a intenção inicial de constituir territórios com dinâmica econômica própria e desenvolvimento endógeno. Tão marcante foi esse processo que ainda atualmente vários países da América Latina como Venezuela, Chile, Peru, Bolívia e Equador – têm as matérias-primas como produto principal de seu setor exportador. Outros países, como por exemplo, a Argentina já possui um setor industrial mais desenvolvido, ainda que suas exportações e sua produção industrial permaneçam centradas em grande medida em bens primários e de pouco valor agregado.
O principal ponto em comum entre os países latino-americanos é o tipo de colonização a que foram submetidos, a partir do século XVI, após a chamada “descoberta” da América por Cristóvão Colombo, a serviço do rei da Espanha. A colonização da América Latina foi predominantemente de exploração, enquanto na América Anglo-Saxônica predominou a colonização de povoamento.
Três tesouros da América.
A chamada globalização do capitalismo colocou em cheque os projetos desenvolvimentistas na América Latina. Esses projetos visavam à industrialização e uma inserção mais autônoma na economia mundial, contando, de maneira geral, para tanto com o concurso do capital estrangeiro. Embora tivessem garantido um crescimento econômico razoável, os modelos desenvolvimentistas