RESUMO FHTM
A erosão internacional do Serviço Social
A Reconceituação só pode ser adequadamente situada se se considerar que ela se inscreve num processo muito mais amplo, de caráter mundial.
A segunda metade dos anos 1960 marca, na maioria dos países em que o Serviço Social já se institucionalizara como profissão. Uma conjuntura de profunda erosão das suas práticas tradicionais (e compreensivelmente dos discursos teórico e ou pseudoteóricos que as legitimavam). No século passado, a transição da década de 1960 para 1970 foi, de fato assinalada em todos os quadrantes por uma forte crítica ao que se pode, sumariamente, designar como Serviço Social Tradicional: a prática empirista, reiterativa, paliativa e burocratizada, orientada por uma ética liberal-burguesa, que de um ponto de vista claramente funcionalista, visava enfrentar as incidências psicossociais da questão social, sobre indivíduos e grupos, sempre pressuposta a ordenação capitalista da vida social como um dado factual ineliminável.
As condições históricas que propiciaram (mais que induziram) a essa crítica que constituiu um fenômeno internacional, foram também elas, de magnitude mundial. Trata-se daquelas condições que apareceram sinalizadas na baliza de 1968-de Berkeley a Paris e a selva Boliviana, do movimento nas fábricas do Norte da Itália á ofensiva Tet no Vietnã, das passeatas do Rio de Janeiro ás manifestações em Berlim oeste, o que saltava a luz do dia era uma crise do