A Defesa
A obra compõe-se de um preâmbulo e três partes. Na primeira, está a defesa de Sócratesonde consta o diálogo com Meleto, na segunda, a pena e o esperado da pena, e na terceira parte, após a condenação e aos que votaram contra, onde Sócrates faz uma reflexão sobre as suas convicções devida e morte, e a relação com os deuses.
O julgamento de Sócrates se passa em 399 a. C., em que ele afirma que a única sabedoria que possui é a consciência da própria ignorância. Acusado deimpiedade e de corrupção da juventude por Meleto, Ânito e Lícon, o velho educador e filósofo de 70 anos fez um apelo vigoroso à absolvição. O tribunal, composto por 501 cidadãos por votação, consideramSócrates culpado por maioria de votos 281 contra 220, e condenaram-no à morte. Após um curto período de prisão, Sócrates morre depois de ter bebido a cicuta. De acordo com a tradição, Platão, discípulo deSócrates e seu maior admirador, estava doente e não pôde assistir ao julgamento, mas as provas apresentadas no texto indicam que ele teria estado presente.
Sócrates explica o seu estilo dediscursar. A isto segue-se uma lista de acusações específicas, com referência à sua vida e atividades quotidianas. Depois de relatar a defesa de Sócrates, Platão relata as tentativas do mestre para queseja diminuída a pena que lhe é imposta. Finalmente, Sócrates faz uma censura profética aos juízes por supor que eles vão viver sem problemas de consciência depois de pronunciarem a sentença de morte.Na declaração de abertura, Sócrates explica o estilo coloquial que utilizará na sua defesa. Os acusadores tinham avisado os cidadãos para estarem prevenidos, se não quisessem ser