A Cultura do Medo
Não é preciso muito para falar sobre as relações entre a mídia, a política, a violência ou a denominada criminalidade. Passando o olho em jornais percebe-se como lidamos com a violência e a criminalidade, ligado a isso encontra-se a produção de uma fobia social, próxima ao que vem sendo chamado de “cultura do medo”, e hoje é possível verificar que se trata da mesma temática, revelam uma pequena face do imaginário que se forjou acerca da violência e, por ressonância do que chamamos de criminalidade. Na verdade sabemos que esse tipo de veículo de comunicação vive da desgraça cotidiana e não é por acaso que percebemos a ampliação do medo com base no sensacionalismo e na espetacularização da violência e da criminalidade, na verdade, os profissionais dos meios de comunicação “tem uma dura missão”: fazer com que as pessoas consumam o mais rápido, da forma mais fácil e da maneira mais fidedigna possível as mensagens produzidas.
Existe o grande repertório de manipulação e dividendos financeiros para os profissionais que vivem da produção de mensagens, a não seriedade no trato do trabalho da mídia, a não busca da objetividade no tratamento das informações e a escassez de rumos éticos que atingem esses profissionais, devemos tomar muito cuidado e ter muita atenção com a mercadoria violência. Mercadoria vendida no escuro para aqueles que compram os horários comerciais e devolvida de forma lapidada, organizada e editada para o público consumidor, compramos apenas a versão dos fatos, imagens e informações e não sabemos as circunstâncias em que foram produzidas e quem resolveu levá-las a público.
A violência e a criminalidade são um dos campos mais difíceis de produção de notícia porém não é comum vermos jornalistas correndo atrás de notícias tão necessárias a população. Preso nas rotinas de produção de notícias, não são poucos os profissionais que optam pelo mais fácil e rápido, aproveitando as informações oficiais e da pouca ou quase