Cultura do medo
O objeto de estudo é a cidade metropolitana de São Paulo, por ser um centro hegemônico no processo de desenvolvimento econômico, logo também populacional, causando grandes quantidades de violência urbana devido à problemas sociais, mas se aplica ao Brasil como um todo. Na obra é feita uma analise através de uma visão critica da violência criminal e busca assim a compreensão e uma possível solução para o problema, fundamentada em dados estatísticos do crescimento dos tipos violência criminal no Brasil e na cidade de São Paulo entre as décadas de 40 e 90, fornecidas pela Secretaria de Segurança Pública, Secretarias de Segurança Públicas Municipais e Estaduais e também as Secretarias de Saúde Publicas Municipais e Estaduais
O medo é considerado pela autora um veículo para compreender as relações sociais, e que ele como um ingrediente cultural, pode gerar mudanças nos valores sociais.
Devido a uma cultura de medo, é exposto o problema de nosso comportamento cotidiano, muitas vezes exagerados, mas voltado para coibir uma possível violência, fazendo com que nos tornemos cada vez mais afastados da convivência social. Esses hábitos resultaram até na mudança arquitetônica de nossas cidades, tornando nossas construções fechadas, cheias de muros e cercas, tudo devido ao medo de viver com insegurança e expectativa de ocorrer alguma violência. O desenvolvimento da segurança privada, a segregação espacial e a discriminação e exclusão social, também estão relacionados a essa cultura do medo.