Neoliberalismo e a cultura do medo
Crítica com base na palestra da professora Débora Regina Pastana:
Em nosso cotidiano há uma cultura de medo grandiosa, aonde não sabemos nem mesmo em quem confiar! Um dos grandes problemas é o grande crescimento das punibilidades ao invés da educação, ficamos felizes quando alguém é punido, criamos um Estado punitivo. Esse modelo de Estado vê a economia o controle social e não a educação a reabilitação. Assim criamos um Estado + Policial + Punitivo + Repressivo e - Social, que é uma escalada pela insegurança objetiva e subjetiva em todos os países. “ São as decisões políticas-culturais que determinam a estatística carcerária e não o nível ou evolução da criminalidade”
Christie, 2012. Essa política punitiva, repressora, nos mostra com números o desastre que é, em 1988 foram contabilizados 88.041 presos, já em 2011 o encarceramento ultrapassou a marca de 513.000. Isso gera prisões lotadas, com sofrimento, aonde vemos sempre, uma cela que seria para 2 pessoas com 10, 12 pessoas, dormem no chão, comem mal. Em 2008, foram contabilizadas 63.000 pessoas cumprindo penas inferiores a 4 anos, sendo 34.000 furto simples, daí a pergunta, cadê as penas alternativas? Em uma pesquisa em que havia 500.000 mil presos, apenas 1.715 tinham o superior completo, isso nos da a sensação que o Estado escolhe, ele é seletivo? a população quer aumento de penas, quer mais severidade, para que? Para ter mais segurança? E isso resolve? São indagações que deveríamos nos perguntar. Deveríamos ter mais penas alternativas, cestas básicas, prestação de serviço a comunidade...
Sob esse prisma, materializa-se a figura do“Estado punitivo”, que, nas palavras de Loïc Wacquant , caracteriza-se por diminuir suas prerrogativas na frente econômica e social e por aumentar suas missões em matéria de segurança,“subitamente relegada à mera dimensão criminal”: “Tornar a luta contra a delinqüência urbana um perpétuo espetáculo moral – como querem