A CULPA É DA NATUREZA?
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“ Acorde e cuide de quem te acorda toda manhã “. Essa frase nos pede para cuidarmos da água, pois é ela que, com sua pureza, ao lavarmos o rosto de manhã, nos desperta. Sim,devemos cuidar dela. Mas no lugar onde vivo, esse despertar não é tão agradável, pois a água da qual fazemos uso não é pura.
Pelo contrário, tem odor muito desagradável e o gosto e a cor são bem piores.
O lugar onde vivo é um pequeno povoado chamado Amparo do Sítio, encravado na região mais pobre e seca de Minas Gerais: o Vale do
Jequitinhonha.É um lugar de pessoas humildes e esperançosas, como em todo o vale, que enfrentam muitos problemas sociais: como falta de emprego, problemas de infraestrutura e de saneamento básico (que aqui é quase inexistente). Mas o problema que mais preocupa e incomoda os habitantes de
Amparo do Sítio, é a falta de água potável.
A água encanada, que é usada para a higiene pessoal e para serviços domésticos, vem de uma barragem. No curto período das chuvas, a água fica suja e barrenta, e quando as águas da barragem começam a se esgotarem, a situação piora: a água fica fedida, suja e não se pode colocá-la na boca, devido
ao gosto ruim e às impurezas que ela apresenta. Pra piorar ainda mais a situação, pessoas do próprio povoado e de localidades próximas, lançam suas redes de pesca nas águas da barragem, e como sua profundidade não é tão grande, fazem com que a lama do fundo suba para a superfície e se misture com a água, além do desperdício causado por canos furados e pelo descaso da própria comuniade. Todo esse “processo” pelo qual a água passa, faz com que ela traga consigo muitas verminoses e impurezas.
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Já a água usada para o consumo, é trazida por um caminhão pipa, disponibilizado pelo Exército Nacional. As pessoas buscam também, água de minadores próximos do povoado ou é coletada das poucas chuvas, que a cada ano diminuem consideravelmente no vale.
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De quem é a culpa? Culpar as condições