A crise da República e a ruptura de 30
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1- Introdução No final da década de 1910, as relações entre as oligarquias que mantinham o regime político vigente começaram a apresentar problemas. Críticas e manifestações contra o regime agitavam diversas classes sociais, entre elas o proletariado e as camadas médias urbanas. Esse descontentamento chegava a atingir até mesmo membros da elite em diversas regiões. Além disso, a insatisfação entre os militares também era grande. Em 1910, uma rebelião de marinheiros demonstrou tal situação (Revolta da Chibata). Os oficiais jovens, chamados de tenentes, iam contra o regime oligárquico pregando a moralização dos costumes políticos, a centralização do poder, o fortalecimento da instituição militar e a implantação do voto secreto. Esse grupo acreditava que era a única força capaz de “salvar a pátria”, visto que julgavam o resto da população “inculta”. A situação de descontentamento espalhou-se pelo território nacional. Dessa forma, diversos grupos sociais esboçavam a claros sinais de que desejavam uma renovação no país. Tal fato era também demonstrado na esfera cultural.
2- A Revolta da Chibata O interesse no ingresso a Marinha, no início do século XX, era pequeno. Os motivos eram variados: grande carga de trabalho, péssima alimentação, baixa remuneração e longo tempo de serviço. Além disso, haviam os castigos físicos, estando entre eles a palmatória, a prisão a ferros, a solitária e a chibata.
Tal situação gerava inúmeras revoltas de marinheiros em diversos estados do Brasil. A de maior expressão ocorreu em 22 de novembro de 1910, no Rio de Janeiro, sob o comando de um marujo negro de analfabeto chamado João Candido. Os marinheiros do encouraçado Minas Gerais organizaram um protesto. Neste, tomaram controle das embarcações e enviaram um telegrama ao presidente, exigindo o fim dos castigos físicos, uma folga semanal e maiores salários.
O governo afirmou que iria atender as reivindicações e conceder anistias aos revoltosos. Entretanto, após baixarem as