Anos 30
Autor (a): Vavy Pacheco Borges
Por: Ítalo Correia de Araújo Lima
Quando se fala em década de trinta, reavivamos o pensamento de um período de forte instabilidade tanto social, como econômica, é lembrada por seu intenso período de debates que visava uma reestruturação política nacional. Um dos marcos dos anos trinta no Brasil é a revolução de 30, um movimento que culminou com o golpe de estado, pondo fim na República Velha. Daí surge inicialmente os embates relacionados a essa mudança no controle do país, pensamentos de continuidade e evolução, assim como a oposição ligada ao pensamento de uma ruptura revolucionária que visava transformar radicalmente a estrutura nacional que se encontrava fragilizada economicamente, causas de uma série de crises decorridas no final dos anos 20. Era uma época de incertezas e de necessidade de transformação, já que era visto pela sociedade que aos velhos moldes da República Velha o país estava entrando cada vez mais em decadência, não funcionava mais o esquema regido pela Política do café com leite, era necessário um poder vindo dos mais extremos pontos do país, e o voto era a única arma para iniciar a revolução. O presidente de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada em discurso, ainda em 1929, disse: “Façamos a revolução pelo voto antes que o povo a faça pela violência” 1 Antes fosse somente uma revolução por causas econômicas e políticas, a década de 30 surgiu como a era das revoluções, onde a mudança era a chave transformadora. Oswaldo Aranha (A revolução de 30: textos e documentos p.51-2) pensava em revolução como um agente independente, autônomo, motivado por razões próprias e necessárias para o crescimento da nação. A revolução era mascarada diante da sociedade, onde os críticos da oposição negavam qualquer mudança na troca de homens no poder. O grande parceiro da revolução sempre foi o povo, que representava de forma significativa as mais