A crise da economia cafeeira
Durante a Primeira Guerra Mundial, a economia norte-americana estava em pleno desenvolvimento. As indústrias dos EUA produziam e exportavam em grandes quantidades, principalmente, para os países europeus.
Após a guerra o quadro não mudou, pois os países europeus estavam voltados para a reconstrução das indústrias e cidades, necessitando manter suas importações, principalmente dos EUA. A situação começou a mudar no final da década de 1920. Reconstruídas, as nações européias diminuíram drasticamente a importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos.
Com a diminuição das exportações para a Europa, as indústrias norte-americanas começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não conseguiam mais vender como antes.
A crise do café começa, devido ao contínuo, descontrolado e excessivo aumento da safra de café que chegava a espantosos 21 milhões de sacas para um consumo mundial de 22 milhões.
A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes.
1927: O Brasil chegou a exportar 15.115.000 de sacas de café.
1928: houve uma enorme safra, porém, a exportação caiu para 13.881.000 sacas (menos 11%) já que os EUA, França, Itália, Holanda e Alemanha, que compravam 84% da produção brasileira, estavam comprando de outros países.
Para piorar o contexto, em outubro de 1929 os fazendeiros ainda estavam exportando a safra de 1927 e a safra de 1928 estava toda retida nos armazéns de valorização de café que eram gerenciados pelo instituto do café criado em São Paulo para apoiar os fazendeiros paulistas com auxílio do Governo Federal.
Em outubro de 1929, 2/3 do café consumido no mundo era produzido em São Paulo e que o café representava ¾ das exportações brasileiras e que o país estava em precária situação financeira.