Objetividade na análise da vida social
DURKHEIM, E. Objetividade e identidade na análise da vida social, MARTINS, J. DE SOUZA.editora LCT.Fatos sociais: o estudo das representações coletivas.1977
Fichamento
“Os fatos sociais devem ser tratados como coisa. Com efeito, não afirmamos que os fatos sociais sejam coisas materiais, e sim que constituem coisas ao mesmo título que as coisas materiais,embora de maneiras diferentes” (pág. 21)
“Os fatos sociais constituem para nós, necessariamente algo desconhecido. São coisas ignoradas, pois as representações que podem ser formuladas no decorrer da vida, tendo sido efetuadas sem método ou crítica, estão destruídas de valor científico e devem ser afastados” (pág. 22) “Todas as vezes em que ,ao se combinarem e devido à combinação quaisquer elementos desencadeiam fenômenos novos, não se pode deixar de conceber que estes estão contidos, não nos elementos, mas no todo formado pela referida união (pág. 23)
“Os estados da consciência coletiva são de natureza diferente dos estados da consciência individual. A mentalidade dos grupos é a mesma dos particulares; tem suas leis própias (pág24)
“Dominam-nos, impõem-nos crenças ou práticas, todavia a dominação é inteira, pois os hábitos existem por inteiro em cada um de nós. Ao contrário, as crenças e práticas sociais agem sobre nós apartir do exterior “(pág. 26)
“Para que exista o fato social é preciso que pelo menos vários indivíduos tenham misturado suas ações, e que desta combinação se tenha desprendido um produto novo. Seu efeito é necessariamente fixar, instituir certas maneiras de agir, certos julgamentos que existem fora de nós e que não dependem de cada vontade particular formada à parte “(pág27) Assim como as coisas abstratas se opõem às concretas, coisa se opõe à ideias. Tudo aquilo que não penetra de modo natural na nossa consciência e é considerado um fato social.
Durkheim acreditava que a consciência não tem um caráter essencial para o conhecimento dos fatos sociais. Sendo