Teoria e prática nas estratégias organizacionais

Teoria e Prática nas Estratégias Organizacionais: o Formal e o Emergente em uma
Empresa do Setor de Telecomunicações
Autoria: Murilo Balbino Valgueiro, Joel de Lima Pereira Castro Junior, Ana Alice Vilas Boas,
Maria Scarlet do Carmo

Resumo: Partindo da premissa de que é possível explicar um fenômeno com a exploração intensa de um estudo de caso único, esta pesquisa se concentra na estrutura de uma empresa-alvo de representatividade nacional, prestadora de serviços de telecomunicações ao mercado brasileiro, para a condução de uma pesquisa aplicada estruturada sob um enfoque qualitativo, realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas com o objetivo de identificar os fatores presentes no processo de concepção de estratégias organizacionais que dificultam e até mesmo impedem o surgimento das
“estratégias emergentes”. Para tanto são analisados os fatores intervenientes no processo de concepção de estratégias formais sob orientação de um arcabouço teórico dividido em quatro grandes grupos: estratégia, complexidade, tomada de decisão e o setor de telecomunicações.
Mintzberg (2000) postula que as estratégias clássicas “pretendidas” e “deliberadas” formam uma hierarquia de estratégias em que as decisões do nível hierárquico superior tornam-se restrições do nível hierárquico inferior, caracterizando o que Corrêa e Caon (2002) descrevem como estratégia
“top-down” ou “de cima para baixo”. Para estes mesmos autores, as estratégias bottom-up ou “de baixo para cima” surgem como resultado de iniciativas vindas dos níveis mais baixos da hierarquia e da atuação de múltiplos atores na formação da estratégia. Mintzberg (2000) afirma que essas
“estratégias emergentes” envolvem “idéias poderosas” que surgem ao longo do tempo e influenciam o padrão das decisões estratégicas das organizações. Os resultados obtidos indicam que em busca da eficiência e eficácia de resultados, a organização estudada utiliza-se de forte estrutura hierarquizada de controle (de cima