A criança e as relações espaciais
Evolução da noção do espaço Segundo o texto, o espaço vivido refere-se ao espaço físico, vivenciado através do movimento e do deslocamento. O espaço percebido não precisa mais ser experimentado fisicamente, sendo a criança da escola primária capaz de distinguir as distâncias e a localização dos objetos, iniciando aí o estudo da geografia. Por isso, o professor nas séries iniciais deve se preocupar em propor atividades que desenvolvam conceitos e noções mais do que um conteúdo sistemático. Entre 11 e 12 anos o aluno começa a perceber o espaço concebido, sendo capaz então de raciocinar sobre uma área retratada em um mapa, sem tê-la visto antes. No processo evolutivo, a criança passa a ter uma visão sistemática do mundo, e para ela os objetos e o espaço que eles ocupam são indissociáveis, sendo que a posição de cada objeto é dada em função do todo no qual ela se insere. Já para crianças pequenas de até 6 anos, a localização e o deslocamento de elementos são definidos a partir de referenciais dela., o que dificulta a distinção de categorias de localização espacial.
Cabe ao professor ajudar o aluno a estabelecer essas categorias para chegar a estruturas de organização espacial. Ele deve ainda levar o aluno a estender os conceitos adquiridos sobre espaço.
A exploração do espaço ocorre a partir do nascimento, através de experiências que a criança realiza em seu entorno, seja ao ser segurada no colo, colocada ao seio para mamar ou acariciada. E no processo de conscientização do espaço ocupado pelo próprio corpo, há dois aspectos essenciais: o esquema corporal e a lateralidade. O primeiro é a base cognitiva sobre a qual se delineia a exploração do espaço que depende tanto de funções motoras, quanto da percepção do espaço imediato.
A consciência do próprio corpo, de seus movimentos e posturas se desenvolve lentamente na criança, e se constrói desde o nascimento até a adolescência em função do amadurecimento do