A criança da Psicanalise

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As manifestações sexuais nas crianças era algo até então não cogitado. As crianças eram tidas como seres puros anjos. Era inadmissível falar-se de algo parecido, pois para o senso comum a criança não é sexualizada, ou seja, não tem pulsão sexual. Acredita-se que o interesse sexual só aparece na puberdade, o que não é verdade. Prova disso é a curiosidade e interesse que as crianças demonstram desde muito cedo, como é o caso de Hans que pudemos ver através dos textos estudados em aula. O complexo de Édipo é o fenômeno central do período sexual da primeira infância. Logo após, ocorre sua dissolução, ele sucumbe á regressão, quando a criança vivência algumas decepções, como, por exemplo, que a mãe (no caso do menino) ou o pai (no caso da menina), não é mais só dele. “O Édipo acaba assim como os dentes de leite caem” (FREDUD). No período de latência, a criança “dá um tempo” na sexualidade, ou seja, está atento aos estímulos não sexuais. Como vimos, Hans demonstra o início da sua primeira florescência (entre 3 e 5 anos), onde se inicia a pulsão de saber. Através da investigação e curiosidade pela genitália da mãe, ele mostra que na sua concepção todos os seres humanos tem um pênis e isso é a primeira das teorias sexuais infantis. A criança tem tanto orgulho de seu órgão, que não se convence de que a mulher não o tem, e com isso, ele imagina a perda do seu pênis e a ameaça de castração tem seu efeito adiado. Quando a criança passa a manipular com frequência seus órgãos (do sexo masculino), ela demonstra o seu interesse neles e a partir disso, descobre que seus pais, os adultos, não aprovam esse comportamento, dizem que é errado, que não pode. Como no caso de Hans, a mãe disse a ele que não podia, que era porcaria. Mas Hans diz para ela que era tão bom! Que bom que Hans não ficou nesse momento com nenhuma barreira quanto a vida sexual, o que poderia ter acontecido. Com essa atitude dos adultos, a criança se vê diante de uma ameaça de castração, a ameaça de que

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