A corrosão do caráter
Resenha sobre o livro “A corrosão do caráter” de Richard Sennett.
Capítulo 1 – Deriva
Atualmente vivemos na época da informática, onde as pessoas se comunicam por computadores e celurares, tanto com amigos quanto com cientes, com a impessoalidade e o distanciamento do contato físico. Nesse capítulo, é possível observamos aspectos da organização do tempo, como por exemplo consultores tendo que adequar e se organizar segundo os horários de seus clientes, dependendo deles e não o contrário.
No primeiro capítulo o autor também faz a observação sobre a diminuição dos empregos a longo prazo. As pessoas passaram a mudar de emprego com mais freqüência, as empresas passaram a terceirizar mais cargos, dando força ao setor de serviços temporários, desencadeando assim várias mudanças na vida dos trabalhadores, sendo obrigados a mudarem de suas cidades devido especificações da empresa ou a procura de melhores condições de serviço.
De acordo com Richard Sennet “...as empresas buscaram eliminar camadas de burocracia, tornar-se organizações mais planas e flexíveis.” Não há mais uma organização constante, os cargos e tarefas não são mais definidos, e as normas não são mais gerais.
Ainda para o indivíduo, após o trabalho, concentra-se o dever de valorizar a família, enfatizando os relacionamentos a longo prazo, com quem tem uma obrigação, um compromisso, a quem se deve lealdade e confiança. Há também o trabalho em equipe muito visado hoje, acredita-se que o trabalho em equipe forme uma organização informal, surgindo grupos de amigos nas empresas.
Por fim surge o capitalismo, podendo ser denominado como um dos principais incentivadores da corrosão do caráter.
Comparando o capítulo com as respostas de nosso entrevistado Aurélio Ribeiro, percebemos que ele não se enquadra no conceito de deriva, pois ele não se vê em situações em que necessita ficar realocando seu local de trabalho, bem como consegue manter