Corrosão do carater
Emerson Rick Fagundes2
João Vagner da Rosa Daré3
O livro “A Corrosão do caráter: conseqüências pessoais do trabalho no novo capitalismo”, de Richard Sennett, foi publicado pela Editora Record em 2009, traduzido por Marcos Santarrita em sua 14ª edição. Richard Sennett historiador norte-americano é professor de sociologia da Universidade de Nova York e da London School of Economics, do Massachusetts Institute of Technology é autor também do ensaio Carne e Pedra, O Declínio do Homem Público e The Hidden Injuries of Class (com Jonathan Coob), também é romancista e músico. A obra está organizada em oito capítulos mais um apêndice e tem como intenção ajudar a compreender dúvidas dentro do contexto político e social, onde a ideia é recriar o caráter do indivíduo para enfrentar as transformações no mundo do trabalho.
No prefácio de sua obra, Richard Sennett argumenta que no mundo corporativo exigem pessoas cada vez mais adaptáveis as transformações do mercado, onde o “capitalismo flexível” dita a rotina cega em que os trabalhadores têm que assumir responsabilidades a curto prazo sem medo de se arriscar, tal flexibilidade tem seus pontos positivos, nos dá liberdade de moldarmos nossas vidas mas também pode provocar certa ansiedade, pois não sabendo se os riscos que corremos serão compensados. O novo capitalismo muitas vezes é um sistema poderoso e ilegível. Em sua obra, Sennett descreve que o “capitalismo flexível” enfatiza a flexibilidade atacando as formas de burocracia e aos males das rotinas, pede aos trabalhadores que sejam ágeis e estejam abertos as mudanças a curto prazo sem medo de se arriscar, dependendo menos de procedimentos formais.
Segundo Sennett, o novo capitalismo afeta o caráter pessoal dos indivíduos, principalmente porque não oferece condições para construção de um horizonte de vida, sustentada na experiência. Ele expõe que ao utilizar o recurso de