A controvérsia do capital
A teoria Econômica marxista foi segregada como de caráter ético, moral, de cunho filosófico, entre outros. Ricardo, Economista Clássico, que trabalhava na linha do valor-trabalho, que teve sua teoria usada pelos chamados socialistas-ricardianos, também foi segregado. Os marginalistas por algum tempo, sobrevoaram o ideário de teoria sem ideologias, científica, verdadeiramente talhada pela ciência. Críticas aos Clássicos, à Ricardo e à Marx, de diversas formas, colocaram por muitos anos a teoria dos preços e do valor-trabalho como pontapé inicial para renegar a teoria marxista. Piero Sraffa trouxe o debate novamente sobre os clássicos e Marx, reabilitando a teoria econômica marxista e travando críticas ao pensamento marginalista. Este trabalho traz para a reflexão um grande debate do século XX, e, claro do século XXI, que busca mostrar é a importância em analisar a pluralidade da ciência econômica e do próprio debate na Economia. O marxismo contribui para a análise da crise, das relações econômicas. O trabalho usa fundamentalmente o texto de Pierangelo Garegnani e Fabio Petri, “Marxismo e a teoria econômica hoje”, e “Notas sobre a interpretação sraffiana da teoria do valor de Marx”, de Franklin Serrano. Buscaremos na primeira parte a crítica ao modelo marginalista, como ponto de partida o modelo de distribuição de renda. Já em seguida, a retomada da Escola Clássica, com a teoria do excedente e do valor-trabalho. No item três travaremos Marx e o reexame de suas teorias, críticas e avaliações acerca de sua atualidade. Por fim, a análise segue um balanço feito pelos autores pesquisados acerca do resultado do histórico debate entre as cambrigdes, A Controvérsia do Capital.
1. A crise da formulação teórica dominante:
A estrutura da teoria marginalista da distribuição de renda:
Para compreender a diferença entre as formulações teóricas clássicas e marginalistas, é necessário ter conhecimento sobre a teoria