A construção do Psicoterapeuta
FERNANDA RODRIGUES DE ARAUJO PAIVA CAMPELO Este livro trata da formação do profissional e o exercício da Psicoterapia que envolve uma qualidade da presença do psicoterapeuta que por sua vez exige um árduo e intenso trabalho sobre a sua pessoa do qual decorrem inúmeras e contínuas transformações de grande complexidade e abrangência.
A abordagem terapia tem fontes múltiplas, tem influências teóricas e filosóficas que se constituem num todo coerente, mas em constante transformação, já que não possui um corpo teórico pronto, hermético e acabado.
Alguma influências e atitudes fenomenológicas existencial tem como ponto de partida a convergência da multiplicidade de fontes da Gestalt-terapia e fundamenta-se em uma concepção de existência humana, de relação e de método terapêutico, além de seu modelo teórico.
Assim para a Gestalt- terapia como para o existencialismo, o homem é o intérprete mais fiel de si mesmo, centro de sua própria liberdade e libertação, detentor do poder sobre sim mesmo, ainda que, momentaneamente, tenho perdido essa aptidão para autogovernar-se.
Buber (1974) fala sobre o existencialismo dialógico considerava moderna, com seu desenvolvimento tecnológico, fomentou o narcisismo e o isolamento do homem por não valorizar a dimensão relacional da vida.
O diálogo dá-se na esfera doo “entre”, mediante a viência de duas polaridades, EU-TU e EU-ISSO, as duas atitudes fundamentais do ser humano para relacionar-se com os outros e com o mundo.
A palavra princípio EU-TU só pode ser proferida pelo ser em sua totalidade. A união e a fusão em ser total não podem ser realizadas por mim e nem pode ser efetivada sem mim. O EU se realiza na relação como o TU, é tornando-me EU que digo TU. Toda vida atual é encontro.
A fenomenologia clareia, os significados atribuídos que constituem um fenômeno, ou seja, um fragmento da experiência de