Ludoterapia
O presente trabalho tem como objetivo analisar e fundamentar o processo de ludoterapia com as crianças, de acordo com os pressupostos teóricos de
Vygotsky, Luria, Leontiev e Rita Leal.
O interesse pelo tema está vinculado ao fato de há mais de 6 anos no Brasil, os profissionais do IPAF – Instituto de Psicologia Aplicada e Formação vem estruturando o trabalho em psicoterapia vygotskiana dirigido pelo Dr. Quintino
Aires e como pesquisadora tenho o interesse em fundamentar, cada vez mais a ludoterapia vygotskiana no Brasil.
A escolha pelo público infantil está enredada com a vivência de consultório, pois tenho me deparado, nesses anos, com muitas crianças que buscam o processo de ludoterapia devido às dificuldades encontradas no curso do seu desenvolvimento. As queixas de dificuldade de aprendizagem, déficit de atenção e concentração, dificuldade no relacionamento interpessoal, são freqüentes e, diversificadas e levam os responsáveis e a criança a procurarem ajuda profissional.
Diante da diversidade das queixas, a ludoterapia vygotskiana é uma prática psicológica que propicia o desenvolvimento das funções nervosas superiores, pois no processo de ludoterapia a criança pode se apropriar dos significados e ou criar novos significados dos objetos do meio externo, dos eventos e das relações sociais humanas.
Vygotsky enfatiza, ao longo do desenvolvimento teórico, que a criança em contato com o mundo das relações vai internalizando os instrumentos, as ações, as relações que vão sendo apresentadas pelos outros da relação a ela e, que através do processo de internalização a criança vai desenvolvendo as funções nervosas superiores e se desenvolvendo como ser social e ativo.
Nesse sentido que os fundamentos teóricos de Vygotsky (1896-1934) da mediação da palavra e do brincar, bem como o processo de internalização auxiliam na compreensão do desenvolvimento das funções nervosas superiores nos seres humanos, e torna possível analisar como a