A constituição do sujeito psíquico
O sujeito não nasce pronto, ele se constitui. O sujeito se faz a partir do outro, não por uma cópia, mas por um reflexo. Vivemos num mundo transformado pela cultura e a cultura é constituída basicamente de palavras.
Sujeito é diferente de indivíduo. O indivíduo é um ser uno, integral, indivisível. Já o sujeito é assujeitado, ele está de alguma maneira determinado a outra instância, a do inconsciente. O sujeito é dividido (consciente e inconsciente) e também é um ser faltante.
A estrutura psíquica é a forma pela qual o sujeito se coloca no mundo, essa se dá desde a infância. A estrutura é linguística, é feita de palavras. A neurose, a psicose e a perversão são formas de estruturação do sujeito, sendo essas uma estrutura de defesa contra a demanda do Outro, uma forma de lidar com a castração.
O Complexo de Édipo é o processo pelo qual o sujeito se constitui, ele é um processo estruturante. Antes mesmo do bebê nascer, ele já está sendo aguardado num registro simbólico. Há um enxoval preparado para o bebê, com roupinhas escolhidas de acordo com o sexo, a escolha do nome. Enquanto acontece a gestação desse bebê vai acontecendo um processo simbólico, que é tudo que a mãe, o pai e a família imaginam a respeito desse bebê que está para nascer. Quando o bebê nascer, ele vai encontrar com uma organização cultural pronta, à espera dele.
O bebê terá necessidades biológicas a serem atendidas. Para ele sobreviver é necessário que alguém exerça para ele a função materna, ministrando-lhe cuidados básicos. De início o bebê chora por necessidades físicas que se impõe a ele, como fome, fraldas sujas, desconforto. Isso precisa ser cuidado. O bebê precisa necessariamente entrar em contato com o outro, esse outro primeiro vai ser a mãe.
A mãe precisa estabelecer uma relação afetiva com o bebê, é necessário que ela esteja presente, não só de corpo, mas com seu desejo. Assim, o que era necessidade passa a ter significação. A mãe precisa ter