Constituição do Sujeito
C.O.G.E.A.E.
Psicanálise e Linguagem: Uma Outra Psicopatologia
Anteprojeto de pesquisa
por
Roger Zacharias
São Paulo/PUC
2002
Sumário
1. Justificativa
.............................................................................. pág. 01
2. Objetivos
................................................................................... pág. 08
3. Procedimentos
.......................................................................... pág. 10
4. Bibliografia consultada ............................................................ pág. 11
1. Justificativa
O tema da pesquisa que gostaria de estar desenvolvendo se relaciona com a problemática da constituição do sujeito psíquico, compreendida pela ótica psicanalítica. Mas que sujeito é esse postulado pela psicanálise?
S. Freud o situa justamente na instância inconsciente onde está sujeitado aos desígnios do desejo. De modo que por esse prisma, implica considerarmos que o ser humano está submetido às leis da linguagem que o constituem, e que se caracteriza de forma privilegiada pelas formações do inconsciente. Para tanto, S. Freud forja a noção de metapsicologia, que consiste em descrever um processo psíquico sob três pontos de vista: a perspectiva dinâmica, a tópica e a econômica. E essa condição de sujeito do desejo se relaciona com o efeito da incidência da linguagem sobre a criatura humana.
A partir desses pressupostos, é preciso fazer uma distinção tanto do indivíduo biológico como do sujeito da racionalidade. Isto é, o sujeito do desejo não se restringe ao eu freudiano enquanto oposição ao isso e ao supereu. Nem ainda é o eu da gramática, da enunciação. Assim, o eu seria uma função que se refere à dimensão do imaginário, esse entendido por meio da contribuição de J. Lacan. E essa localização do eu numa rede significativa do imaginário faria obstáculo ao reconhecimento, pelo sujeito, de seu desejo. Quanto a esse último,