A angustia na constituição do sujeito
_______________________________________________________________
Resumo: O objetivo deste trabalho é perpassar pelo conceito de angústia, considerando desde a constituição do sujeito, a partir dos conceitos da teoria Psicanalítica.
Palavras - chave: angústia e constituição do sujeito.
_______________________________________________________________
O presente trabalho tem como objetivo articular a respeito do processo de constituição do sujeito e sua relação com a angústia, tendo como base os pressupostos da teoria Psicanalítica.
O recém-nascido nasce desamparado, frágil, insuficiente e completamente dependente do Outro. É Outro que vai garantir-lhe sobrevivência física e psíquica. O grande Outro é como função materna, função primordial, responsável pela primeira acolhida. É o grande Outro que irá lhe oferecer o olhar para desejar.
O bebê ao nascer, sente necessidade de alimento e, a partir daí, desenvolve um processo de origem do desejo e da inserção do bebê na ordem simbólica, vivenciando a experiência original da satisfação. A necessidade do alimento causa no bebê um aumento de tensão e o corpo do bebê reage numa aflição, tentando aliviar esta tensão. A única forma de acabar com esta aflição é o alimento, chamado por Freud de ação específica.
Dando o alimento, a tensão no bebê reduz vivenciada como alivio acompanhado de uma satisfação tão intensa que é chamada de original, primordial. Esta satisfação original deixa um traço de memória, chamado de traço mnésico, onde temos o objeto de satisfação (alívio) e a descarga motora do bebê.
Com o passar do tempo, o bebê terá fome novamente e este traço mnésico será reativado, tentando reencontrar o objeto de satisfação original. Uma vez que o objeto jamais será encontrado, o bebê se depara com a falta, dando assim origem ao desejo.
A inserção do bebê na ordem simbólica acontece a partir de sua linguagem corporal através do choro, do grito,