A Consciência entre parenteses em Husserl
João Batista de Souza Maia
Curso:
CONSCIÊNCIA EM HUSSERL:
O FENÔMENO ENTRE PARÊNTESES
SÃO PAULO
2011
João Batista de Souza Maia
CONSCIÊNCIA EM HUSSERL:
O FENÔMENO ENTRE PARÊNTESES
Dissertação sobre a Consciência em Russerl: o Fenômeno entre Parênteses.
Orientadora:
SÃO PAULO
2011
Por séculos a consciência se constituiu num enigma para os pensadores que a tomaram por objeto de suas análises, nas múltiplas áreas do conhecimento. Em psicologia, especificamente, três correntes distintas construíram seus postulados para explicar o que este termo compreendia no início do século XX e final do XXI. Os psicanalistas, chefiados por Freud, enfatizaram os processos mentais inconscientes; os comportamentalistas, liderados por Watson, fizeram da consciência uma imperscrutável câmara escura; e os cognitivistas, influenciados pela Gestalt, restringiram a consciência ao poder estruturador, organizador e conferidor de significado da mente humana.
Husserl surge no âmbito deste cenário propondo o que ele chama de “volta às coisas mesmas”, buscando uma recondução do conceito de consciência, da confusão semântica a elucidação fenomenológica. Para tanto, critica a impostação empirista e psicologista da lógica e, em geral, da teoria do conhecimento, para realizar uma diferenciação psicológico-descritiva dos vários conceitos de consciência a partir da análise de suas essências. Dessa forma, temos por meta trazer à tona o teor dessas análises, e as diferentes perspectivas consciências alcançadas por elas.
Para entendermos a primeira análise de Husserl sobre a consciência, temos que explicar o que ele entende ou quer denotar com o termo “vivências”. Em sentido Husserliano a vivência é o ato de percepcionar na sua pureza originária; é a experiência desta pureza originária do ato perceptivo. Em outras palavras, vivenciar seria experimentar o ato vivido como