Psicoloogia

1705 palavras 7 páginas
A Filosofia como ciência rigorosa

A obra filosófica de Husserl é uma das obras fundamentais do séc. XX, testemunhada pela sua posteridade por muitos outros seus seguidores ou mesmo apenas por muitos outros que a vários níveis se inspiraram nele. É que a filosofia de Husserl retoma o desafio que a ciência triunfante do início do séc. XX lança à filosofia e restitui a esta última um lugar ameaçado e contestado. Com efeito, o projecto de Husserl é, segundo as suas próprias palavras, instituir a filosofia como “ciência rigorosa”, num contexto de crise. Esta crise é simultaneamente a do fundamento das matemáticas e a da filosofia. Na viragem do séc. XX, o psicologismo e o positivismo dominam e, através deles, por um lado a convicção de que as leis lógicas se reduzem ás leis psicológicas que regem a natureza particular do espírito humano e que, por outro lado, a verdade só pode ser encontrada no campo das ciências.
Existe aí um duplo perigo: o de reduzir ao silêncio a filosofia, cuja ambição sempre foi o de conhecer o conjunto das produções – científicas, mas também culturais – do espírito, e do relativismo que recusa conceder à verdade um carácter absoluto. A tarefa da filosofia será reabilitar o vivido, o concreto, sem com isso renunciar ao vigor racional.

O regresso às próprias coisas

Esta palavra de ordem formulada por Husserl manifesta a vontade de descrever simplesmente – antes de qualquer tentativa de explicação – a forma como uma coisa se apresenta à consciência, o modo como as coisas se manifestam. Isto é, elas existem como fenómenos. É por isto que Husserl designa o seu método como “fenomenologia”.
Todavia, é necessário precavermo-nos do contra-senso que consistiria em interpretar os fenómenos como meras aparências, cuja essência seria necessário captar. Pelo contrário, a fenomenologia é uma descrição das essências. Ela descreve o que se passa quando a consciência visa um objecto. Para isso, utiliza aquilo a que Husserl chama a “variação

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