A concepção rousseauniana a respeito da propriedade privada
Em um período entre os séculos XVI e XVIII, apareceram correntes teóricas que tinham como objetivo principal explicar como, provavelmente, se deu a criação do estado, como as pessoas viviam antes do ato consensual deste e quando sentiram a necessidade dessa regulação que a instituição exerce.
Nesta perspectiva, surgem as teorias de Thomas Hobbes, inglês que viveu de 1588 a 1679; John Locke, também inglês que viveu de 1632 a 1704; e Jean-Jacques Rousseau, francês que viveu de 1712 a 1788. Estes autores são chamados de contratualistas.
O contratualismo pregava a constituição de um estado de direito (contrato) que garantisse o bem estar social. Para que isso ocorresse, os indivíduos tiveram que migrar do estado de natureza - onde não havia estado, instituições ou leis e onde a liberdade era plena, não existindo limites para a conduta humana - para a sociedade civil, a partir de consensos e acordos firmados, implicitamente, no início das inter-relações.
Mesmo estes autores trabalhando na mesma vertente, o contratualismo, acabaram empregando diferenças abismais no desenrolar de suas obras. Assim, cada um defende uma maneira específica de como a transição que partiu do estado de natureza e culminou na sociedade civil nos moldes que a conhecemos hoje, ocorreu no passado primordial.
Com base nesta ideologia, Hobbes, Locke e Rousseau, desenvolveram inúmeras teses. Uma delas é a respeito da propriedade privada, que será esmiuçada adiante.
1- Biografia de Rousseau.
Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra, na Suíça, em 28 de junho de 1712 e faleceu em Ermenonville, a nordeste de Paris, França, em 2 de julho de 1778.
Filho de Isaac Rousseau e Suzanne Bernard, ambos cidadãos com funções humildes na sociedade, não teve educação regular e abastada como grandes nomes da época. Ainda na casa paterna, lia tudo que era disponível.
Aos 20 anos, aventureiro, saiu de casa e acabou sendo hospedado por uma baronesa