Problema da "Vontade Geral" - Marx, Mill, Weber
Esse trabalho busca discorrer, de acordo com a visão teórica dos autores Karl Marx, John Stuart Mill e Max Weber a respeito da resolução que cada um deles pensa para o “problema da vontade geral”.
Iniciando com uma brevíssima conceituação da vontade geral, um conceito do filósofo Jean Jaques Rousseau, exposto em sua obra “Contrato Social”. [..] o conceito de democracia implica na participação de todos enquanto sujeitos atuantes de forma racional na determinação das leis do Estado, dessa forma ninguém obedecerá aos outros, se não a si mesmo. Ou seja, a vontade geral é o princípio que defende a atuação conjunta de toda a sociedade, trata-se do elemento principal do sistema político proposto pelo autor.
Marx, Karl
A teoria da vontade geral é frequentemente associada ao pensamento marxista e seus herdeiros, mas para entendermos de onde vem essa conexão deve-se partir de uma breve contextualização. Tem-se o jovem Marx - 25 anos, ex-editor de jornal em franca luta contra o Estado prussiano, combatendo com o gigante Hegel – arrojado sistematizador da filosofia, grande lógico e conhecedor da economia política de seu tempo. Sem o instrumental necessário para tal confronto Marx serve-se da crítica do materialismo de Feuerbach a filosofia política rousseauniana na tentativa de realizar a crítica da política consubstanciada no Estado prussiano justificado por Hegel. Marx quer superar a filosofia idealista estacionária hegeliana que quando funde ser e pensar, real e racional, finito e infinito, acaba com isso, por aceitar toda a sorte de injustiças sócio-políticas do momento.
É a partir daí, para combater não diretamente a lógica hegeliana, mas seus fundamentos, seu estatuto ontológico, que Marx aproxima-se da filosofia política rousseauniana, combatendo