análise rousseau o contrato social
Jean-Jacques Rousseau, de origem humilde e calvinista, nasceu em Genebra em 1712, filho de um fabricante de relógios. Posteriormente mudou-se para a França e converteu-se ao catolicismo. Sua obra que será aqui analisada, O Contrato social, foi publicada em 1762. O contexto histórico no qual esteve inserido, então, foi o do século XVIII. Na Europa, esse século foi marcado pela efervescência cultural do Iluminismo, um movimento intelectual que sustentava suas bases na valorização da figura do Homem e no uso da razão. O termo “Iluminismo” foi cunhado por seus membros de modo a caracterizar a Idade Média, período justamente anterior, como um período permeado pelas trevas, pela ignorância e pela superstição.
O pensamento ilustrado não se fez presente apenas na conjuntura intelectual, espraiando-se também para a esfera político-social. Concomitantemente ao surgimento do movimento iluminista ocorreu a rápida disseminação da ideologia liberal e o incremento de poder das classes burguesas. O ambiente político na França da época estava agitado, visto que muitos dos filósofos e intelectuais atuavam com o intuito de despertar o questionamento do status quo, do Antigo Regime. Seu objetivo, como classe em ascensão, era minar a autoridade do clero e da nobreza, defendendo uma reforma social e inflando os ânimos do chamado Terceiro Estado. As ideias de Rousseau, principalmente a do contrato social – no qual a “vontade geral” controlaria o processo legislativo – influenciaram a burguesia e apresentaram-se como uma alternativa viável ao sistema em vigor. Como resultado principal dessa agitação deu-se a Revolução Francesa em 1789 que pregava “Liberté, Egalité, Fraternité” 1. Por sua grande influência Rousseau recebeu