Resenha critica: SANDRONI, CArlos. O mangue e o Mundo
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROCENTRO DE LETRAS E ARTES
ESCOLA DE BELAS ARTES
Licenciatura em Educação Artística – Artes Plásticas
Folclore Brasileiro II (manhã)
Professora Claudia Oliveira
THIAGO CAMARGO DE ALBUQUERQUE
110030684
Fichamento 6
SARDONI, Carlos. O mangue e o mundo: notas sobre a globalização musical em Pernambuco. Pernambuco/Paraíba. 2009
O Nordeste do Brasil teve participação decisiva na constituição da MPB, devido a esta região sediar uma brasilidade autêntica. E nesta conjuntura o estado de Pernambuco teve uma importância particular, pois os artistas desta região abraçaram a responsabilidade e na década de 1990 começaram a pipocar artistas que evocavam esta brasilidade em suas músicas. A cena/movimento manguebeat, que se instalou em recife nos anos noventa, é fruto desta busca por uma MPB autêntica nordestina e, sobretudo, pernambucana. Os músicos desta cena fundiam elementos de estilos musicais estrangeiros, tais como o punk, o rock e o hip-hop, com ritmos tradicionais locais. Sardoni, buscando explicar a origem do termo manguebeat, nos lembra que Recife é irrigada por vários rios que se cruzam formando mangues e que estes seriam metaforicamente a circulação sanguínea de Recife, ou melhor ainda, seu circuito energético. Inicialmente o nome do movimento chamar-se-ia manguebit, pois o rítmo flerta com a música eletrônica (bit, unidade de informação eletrônica), mas a imprensa acabou erroneamente por chamá-lo de manguebeat e assim ficou (beat, batida em inglês). Um dos maiores expoentes desta cena foi, sem dúvida, Chico Science, que no início dos anos noventa, liderava uma banda (de punk com hip-hop) chamada Loustal e então, possivelmente influenciado pela cena que começava a se instalar em Recife no momento, convida um percussionista de uma banda local de samba-reggae chamada Lamento Negro para tocarem juntos uma fusão com rítimos populares de Recife, como os do maracatu-nação e maractu-rural: nasce a banda