A comunicação organizacional em uma perspectiva crítica
Segundo a entrevista feita com Dennys Mumby, nos dias atuais as organizações não se preocupam apenas com a produção, ou fabricação de produtos, o foco agora é agregar valores (políticos, sociais, democráticos) e significados à marca. O valor emocional do cliente virou o carro chefe das organizações, pois é a sensação de segurança e conforto que a empresa quer repassar para o cliente, para fazer com que ele seja fiel à marca. A compra do produto é baseada em o que ele representa para a sociedade em que ele é vendido. A ideia das organizações é adquirir conexão com o consumidor através de canais, para saber exatamente quais as demandas do meio social em que a organização se insere e dessa forma desenvolver maneiras de atingir o lado emocional do cliente.
Para haver uma comunicação direta (organização – cliente) é necessária a adoção, por parte das empresas, de canais que facilitem a comunicação e o processo de humanização dessa organização, que leva em consideração a opinião e as sugestões do cliente, gerando mudanças vistas como necessárias no meio organizacional. Sob essa perspectiva, Mumby fala sobre profissionais que fazem a manutenção dos canais comunicativos, que são os responsáveis pela comunicação organizacional interna e externa. O papel dos pesquisadores é fazer com que essa nova forma de comunicação, do ponto de vista interno da organização, traga uma crítica à ideia gerencialista e hierarquizada do desenho da empresa, fazendo com que haja uma maior dinâmica interna e gerando possibilidades democráticas.
Um dos problemas apresentados por Mumby, é o fato de que esses estudos se aplicam geralmente às corporações, empresas privadas, esquecendo-se de abordar ONG’s, grupos voluntário, movimentos sociais, entre outros. De acordo com o autor, a organização é tornada possível através da comunicação, sem ela a empresa não existe. Por isso é importante a imersão das pesquisas acerca do tema nesse âmbito