A ciência moderna e a crise ambiental
A humanidade vive uma grave crise ambiental, que também é uma crise civilizatória. As origens desta crise se encontram no modelo de ciência praticado na sociedade moderna. As conquistas econômicas, o domínio territorial e a alteração da vida de muitas civilizações no mundo estão ligados diretamente ao desenvolvimento da ciência. O desenvolvimento científico alterou os interesses de dominação do homem europeu. As nações ocidentais abriram mão de conquistas e submissão de povos, aboliram a escravidão e desenvolveram uma política de convivência pacífica com a humanidade. A ciência está por trás das conquistas ocidentais. A expansão marítima, a exploração colonial, as alternações na produção industrial, enfim, todo o aprimoramento econômico e social vivido pelo ser humano nos últimos 500 anos está ligado à ciência. O aprimoramento da ciência, durante o Renascimento, rompeu com o pensamento predominante na época medieval, teocêntrico. A racionalidade avançou sobre muitos aspectos, entre eles o da transformação da natureza pelo homem. As ciências trouxeram melhorias para a vida humana, possibilitando a realização de ações de forma mais fácil por meio da tecnologia e a rápida cura e tratamento de doenças, através de refinados medicamentos e delicada cirurgias. No pensamento mecanicista o homem era visto como uma máquina, livre de qualquer sentimento. Durante muito tempo, o homem sempre esteve submisso às rotinas de uma vida imposta por um pensamento mecanicista, voltado a um “status social,”
Dentre desse pensamento mecanicista o homem deixou adormecer alguns de seus sentidos, perdendo sua capacidade de sentir-se parte da natureza. Esquecendo-se de sentir também algumas informações transmitidas pelo nosso corpo e mente, como por exemplo: afetividade, amor, saudade, paz, admiração, respeito, sabor, cor, gosto, anseios, e valores que compõem a própria vida. Dependente de seu pensamento racional que, o induz a uma necessidade de