Resenha Crítica do texto Segunda Metodologia, de Elizabeth Teixeira
Thiago Santos de Almeida Lopes1
Elizabeth Teixeira é enfermeira, graduada pela UFRJ, e especialista em saúde pública, pelo CEUB-DF. Concluiu doutorado em Ciências Sócio Ambientais, na UFPA, e Pós-Doutorado em Sociologia na Universidade de Coimbra, Portugal. É líder do Grupo de Pesquisas Práticas Educativas em Saúde e Cuidado na Amazônia (PESCA) e do Grupo de Pesquisa Enfermagem e Representações na Atenção à Saúde (ERAS). Coordena Projetos de Pesquisa em âmbito local e nacional. Em seus estudos volta-se à produção e validação de tecnologias educacionais.
No capítulo Segunda Metodologia, de seu livro “As Três Metodologias”, Elizabeth apresenta conceitos sobre o conhecimento, explorando seus elementos constitutivos e sua tipologia. Destaca a Filosofia, especificando sua disciplina epistemologia focada na relação sujeito-objeto. Trás definições e explicações acerca de ciência, questionando acerca dos significados “bom” e “mau”, fazendo breve reflexão sobre essas funções.
A autora expõe ainda a trajetória histórica da ciência, elencando paradigmas que serviram como base para sua construção e evolução. Esses paradigmas são classificados conforme a visão de dois autores: Cardoso e Santos. No primeiro, é contemplado o conceito antigo de ciência segundo a trajetória dos paradigmas teocêntrico, antropocêntrico e ecocêntrico. Já para Santos, a ciência moderna tem como modelo o paradigma dominante, que está em crise. Daí, enfatizar a necessidade de um novo paradigma, apresentando teses que indicam a importância de reflexão dos fazeres e saberes atuais.
Partindo do princípio que a ciência moderna está em crise, Elizabeth refere-se mais uma vez a Santos, que convida o leitor para fazer uma reflexão hermenêutica da própria ciência. Nessa reflexão, busca-se compreender as estranhezas da ciência moderna para poder superá-las e