A centralização das decisões e as cidades globais
Embora a expansão de uma imensa infraestrutura de telecomunicações ocorridas nas últimas décadas tenha viabilizado a circulação de informações e de capitais de maneira instantânea e em escala planetária, é importante entender que a maior parte desses fluxos tem ocorrido entre organismos estatais, empresas privadas, instituições financeiras e bolsas de valores sediadas nas chamadas cidades globais ou metrópoles mundiais.
As cidades globais estão no topo de uma hierarquia urbana mundial, comportando-se como centros articuladores dos fluxos gerados pela globalização econômica. São exemplos de cidades globais de primeiro nível: Nova Iorque, Londres, Tóquio, Paris, Frankfurt e Zurique. Existem ainda outras metrópoles mundiais de segundo nível, como São Paulo, Cidade do México, Cingapura e Hong Kong.
As cidades globais destacam-se no espaço geográfico nas quais são tomadas importantes decisões e de onde partem comandos sobre a produção fragmentada das multinacionais; além disso, distinguem-se por sediar as bolsas de valores mais movimentadas do planeta. Apresentam-se ainda como importantes polos de convergência e de dispersão de informações, sediando, por exemplo, importantes universidades, os maiores bancos de dados científicos e comerciais produzidos no mundo, grandes agências de imprensa internacional e grandes grupos de multimídia (redes de televisão, agencias de publicidade, estúdios cinematográficos, etc.). Portanto, constituem certos centros de poder econômico e cultura com amplitude mundial.
De acordo com estudos recentes, a maioria das cidades globais está localizada nos países desenvolvidos, já que são essas nações que concentram a maior parte da infraestrutura tecnológica disponível. Assim, as cidades globais configuram-se como polos articuladores de uma ampla rede geográfica que é percorrida principalmente pelos fluxos de informações e de capital.
Também exercem um papel importante na rede geográfica