a carta
A experiência da morte é um tema negado pela maioria das pessoas, seja pelo medo, seja pela falta de compreensão. Neste artigo, buscou-se desenvolver o tema em evidência, esclarecendo-se os aspectos que envolvem a vivência do luto pelos profissionais de enfermagem dentro de uma unidade hospitalar. Objetivando clarificar e melhorar a compreensão dos leitores, e principalmente, que a partir de uma leitura objetiva, estes pudessem agregar novos conhecimentos, quebrar os tabus que envolvem a situação de morte e vivenciá-la de maneira menos traumática.
Embora faça parte do ciclo natural da vida a morte, ainda nos dias atuais, é um tema bastante polêmico, por vezes evitado e por muitos não compreendido, gerando medo e ansiedade nas pessoas. A enfermagem tem em seus ideais o compromisso com a vida. Não obstante ao que tudo isso venha a significar, tem a responsabilidade de assistir a clientela em todo o seu ciclo vital, contemplando-a holisticamente. Na medida em que se busca a melhoria das condições de saúde e o aprimoramento técnico científico da assistência de enfermagem, refletir sobre questões como a morte, bem como seus reflexos sobre as pessoas com ela envolvidas, torna-se uma necessidade. Mediante essa importância e a complexidade do tema em evidência, buscou-se demonstrar através do discurso literário a sua aplicabilidade e implicações para o profissional da saúde referente aos fatores psíquicos que surgem em situações hospitalares.
Levando-se em consideração que a situação de morte ainda desperta receios e negação no homem e que o fascínio, temor e aversão são algumas das emoções que a morte provoca no ser humano. Percebe-se que cada vez mais, as pessoas têm dificuldade em falar e vivenciar a morte, os rituais de luto estão sendo segregados às CTI’s de hospitais, organizadas de forma a tornar o contato com o morto (e a morte) o mais indolor possível.
A sociedade de consumo tenta dar à morte – ampliando o tabu que a envolve – uma nova embalagem mais