A BRANQUIDADE

A branquidade

Livro: Aqui ninguém é branco: hegemonia branca e média no Brasil. In: WARE, Vron (org). Rio de Janeiro: Garamond, 2004.

O texto relata a importância do tema branquidade, dentro de uma perspectiva histórica, afirmando a sua necessidade de ser analisado como uma teoria que pode até ser inserida em novos contextos.
Estudar assuntos pertinentes à questão racial do Brasil representa compreender que a cor branca do brasileiro é oriunda do processo de colonização da civilização europeia. Entretanto, ao longo dos anos com a mistura de raças a discussão e o estudo da branquidade estão relacionados a influencia e aos reflexos da cor branca tanto nos parâmetros sociais e econômicos.
Ao trabalhar com o tema buscando a sua teorização o autor salientou que a branquidade aparece no meio social como algo que indica superioridade e até que possibilita posições de destaque.
O estudo das identidades raciais é complexo e muito amplo, dentro de uma sociedade miscigenada e com um número abrangente de pessoas que se intitulam afrodescendentes, perceber que a população branca ainda possui prestígios e poder na sociedade brasileira.
Obviamente que a identidade brasileira dentro de uma trajetória temporal parte de uma população miscigenada. Entretanto, o que se ressaltou no texto foi dentro da concepção do que é visível na percepção de cada um, isto é, se as características físicas, principalmente a cor do individuo. Logo, se a pessoa for identificada como branca adquirirá uma posição social e muitas das vezes até econômica diferenciada (independente das suas origens genéticas). A branquidade ainda é valorizada na sociedade brasileira.
Alguns brasileiros quando assumem que possuem parentescos com pessoas afrodescendentes até podem sentir orgulho, porém o que se observa nos dias atuais é que muitos assumem pelo fato de ser conveniente, como na disputa de vagas através das políticas afirmativas tanto nos vestibulares quanto no ingresso de vagas em cargos