“A avaliação e suas implicações no fracasso/sucesso”
“A AVALIAÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES NO FRACASSO/SUCESSO” O texto em questão foi apresentado na 21ª Reunião Anual da ANPed – Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação, no ano de 1998. A autora Regina Leite Garcia faz uma narração epistemológica do conceito de avaliação adotado no Brasil e discute as ideias de pesquisadores que possuem um novo pensamento sobre o avaliar e que, em sua visão, merecem destaque. Esse material está compilado na obra Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos, da editora DP&A. O que se nota historicamente é que a avaliação (muito parecido ao conceito de exame) sempre objetivou a seleção de indivíduos, como na Grécia antiga. Contrários a essa concepção, muitos críticos existiram como Marx, Bordieu e também Michel Foucault, que afirmou ser o exame um lugar para definir quem detém o poder baseado na aquisição do conhecimento. Para ele, este nada mais é do que um instrumento de controle social. Duas formas de institucionalizar o exame foram formuladas no século XVII. Uma teve Comenius como criador e ele cria que este era um modo de se mensurar e refletir sobre a aprendizagem. Em sua visão, ess recurso servia para repensar a prática pedagógica de maneira que todos pudessem chegar ao conhecimento. Assim, percebe- se que a reflexão educativa não recai apenas no aluno, mas sim na prática do professor, através de um processo dialógico em que ambos se influenciem mutuamente. Numa realidade atual, o pensamento comeniano entende que o professor é pesquisador de sua realidade, um investigador de como pode ser melhorada a sua prática pedagógica de tal forma que cada aluno tenha a oportunidade de aprender. A segunda corrente, então escolhida e adotada pelo Brasil até os dias atuais, foi concebida por La Salle. Para ele, o exame está centralizado apenas no resultado final do aluno. Através dele, é possível medir o resultado naquilo que o professor entende como o importante a ser aprendido e desconsidera o