Produção de tomate orgânico
O tomateiro (Lycopersicum esculentum Mill.) é a segunda hortaliça mais plantada no Brasil, só superada pela batata. É uma hortaliça de presença obrigatória na mesa de todos os brasileiros tanto na forma de salada ou molhos. Apesar do grande mercado, ainda existem muitas dificuldades para a produção de tomates no sistema orgânico. Apresentamos a seguir algumas sugestões para viabilizar a sua produção.
a.) Variedades – usar de preferência aqueles que tenham maior resistência a doenças fúngicas. Os tomates do grupo italiano tem-se mostrado menos vigorosos e mais resitentes que outros.
b.) Época de plantio – fazer o plantio fugindo dos períodos críticos como entrada de inverno e no verão onde provavelmente teríamos problemas. A época mais adequada é a saída de inverno onde temos um clima favorável e a incidência de pragas é menor.
c.) Solos – utilizar solos bem corrigidos com um bom teor de matéria orgânica e fósforo. O seu preparo deve ser antecipado para que a cultura tenha condições adequadas para o desenvolvimento. Existe um método bastante interessante de preparo que é a consorciação do tomateiro com um adubo verde (feijão guandú).
Procedimentos para consorciação – em fevereiro fazer a calagem e correção de fósforo do solo. A seguir plantar o feijão guandú em linhas espaçadas de 1,2m. Semear de 12 a 15 sementes por metro linear. Em meados de abril fazer a poda do feijão guandú a 20cm do solo, deixando a cada 0,5m um pé sem poda que mais tarde servirá de estaca para o tomateiro. Pouco antes do plantio do tomate, fazer outra poda obedecendo o esquema anterior. Devemos fazer também um desgalhamento das plantas de adubo verde. Durante o ciclo do tomate, caso haja necessidade, realizar os procedimentos de manejo do adubo verde. Todo material proveniente das podas e do desgalhamento deve ser usado para fazer a cobertura morta do solo. Nesta consorciação o produtor terá todos os benefícios trazidos pelo adubo verde e