Trabalhos
Margareth Feiten Cisne – PPGE/UFSC
Palavras-chave: educação infantil, softwares educacionais, critérios pedagógicos.
Introdução
A discussão sobre o uso de tecnologias mais recentes na educação tem sido um ponto polêmico. Parte dos problemas apontados pode ser creditada ao fato de tratar-se de um campo de estudos ainda novo para os educadores no qual a pouca presença de equipamentos nas escolas ainda não permite o adensamento de experiência prática que “problematize” as diferentes contribuições teóricas sobre o assunto que já foram (e continuam sendo) desenvolvidas em áreas em que a presença dos artefatos tecnológicos modernos é mais antiga, e mais contundente, como é o caso dos meios de comunicação de massa, por exemplo. Tem-se clareza, contudo, que as razões que alimentam a polêmica gerada em torno do assunto não se restringem ao fato de ele ser “novo”. Muitos dos problemas se devem às mazelas próprias do campo educacional, as quais estão ligadas à crise de valores e de paradigmas por que passa a sociedade dos nossos dias. As dificuldades em indicar finalidades educativas determinadas, refletem-se na insegurança (e na desconfiança) acerca das orientações que devem nortear a prática pedagógica nas instituições educativas. A intenção neste trabalho foi a de investigar quais as possibilidades pedagógicas do uso de softwares educativos para os professores de educação infantil, no sentido de poder auxiliá-los na escolha desse material, procurando, através da descrição de uma experiência de trabalho, contribuir com alguns critérios que facilitem a exploração dos mesmos. Cabe destacar, que este trabalho teve seu início no ano de 1995 quando um grupo de professoras[1] do Núcleo de Desenvolvimento Infantil do Centro Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina[2] e membros do Núcleo de Estudos e Pesquisas de 0 a 6