A ARTE EM FORMA DE PROTESTO
A arte é uma forma ampla de expressão. De tão ampla que se mostra pode-se compará-la a um prisma do qual se atribui várias faces. Destas se destacam as formas lúdico-sentimentais/belas/perfeitas, ambas visando á estética.
Deste prisma também se extrai a faceta mais essencial, porém, menos explorada: a arte em protesto, a arte crítica.
Como já foi dito, a arte não é uma maneira de mostrar só o belo e mexer apenas com a estética para embelezar o espaço, ou encher nossos olhos de dúvidas e perguntas sem respostas. A arte, seja ela de qualquer maneira que se apresenta, possui uma função social e cultural na sociedade. Para se entender esta relação e observar o contraste entre essa formas artísticas podemos comparar a arte vanguardista e a arte moderna/contemporânea. A arte vanguardista se mostra bela, perfeita. Preocupada com a estética, a técnica, a valorização do artista e também visando o mercado artístico; já a arte contemporânea se apresenta por uma arte mais social, abstrata, não focada no artista/autor/criador, mas pelo intervencionismo daqueles que querem compreendê-la, as inúmeras interpretações que lhe são adicionadas geram um novo olhar que vão além da mera estética.
Essa forma da qual a arte se veste nos traz a ideia de “basta! Não quero mais que isso aconteça, está errado”.
Essa é a maneira dela chamar nossa atenção para si e dizer “ei, olha pra mim. Olha o que eu posso fazer. Se eu posso você também pode”.
A partir desse momento se esquece da pregação do belo, se coloca na obra uma luta. Uma luta coletiva ou até mesmo individual, da qual o artista toma de seu dom para passar aos outros sua opinião e posição em relação a algo errado que ocorre em seu espaço/tempo ou que acontecera em outro espaço/tempo.
Um fato ao qual devemos nos atentar é que a arte crítica não aparece a nós de uma forma apenas informal ou popular, a arte crítica aparece de todas suas modalidades artísticas, sejam elas formais