AS GRANDES DOUTRINAS ECONÓMICAS
Apesar do domínio do pensamento económic o por parte da Escola Clássica, a realidade económica e social da primeira metade do século XIX manifesta-se em contradição com os seus princí pios. Surgem, então, autores que defendem a necessidade da intervenção do Est ado na vida económica; outros que defendem uma economia nacional; e outro s que fazem a apologia da protecção do mercado nacional à concorrência estrangeira.
Comparada com a Inglaterra ou com a
França, a Alemanha do começo do século XIX é um país econom icamente atrasado. O seu território, tanto politica como economicamente, encontra-se dividido em principados governados despoticamente. Cada um deles tinha a sua protecção aduaneira e o seu sistema monetário diferente. Em
1815, após o bloqueio decretado por
Napoleão, a Inglaterra envia gr andes quantidades de mercadorias para a
Europa continental. E a indús tria alemã, embrionária, sente-se ameaçada, e o proteccionismo torna-se necessário.
Em 1828 começa a união dos principados, movimento que levantou o problema do regime a seguir nas relações económicas com o exterior. Os proprietários agrícolas inclinavam-se para o comércio livre, os industriais para o proteccionismo.
Friedrich List (1789-1846), impulsionador da reunificação, considera que as doutrinas da escola clássica estão em desacordo com a natureza das coisas e com a evolução histórica da humanidade.
À doutrina clássica, abstracta e estática, contrapõe uma nova doutrina, realista e dinâmica. “Toda a minha construção se alicerça na ideia da nação como intermediária entre o indivíduo e o género humano.”
“Uma nação normal possui uma língua e uma literatura, um território provido de numerosos recursos, extenso, bem delimitado, uma população considerável.
Possui forças de terra e mar sufici entes para defender a sua independência e para proteger o seu comércio externo.
Exerce influência no desenvolvimento das nações