Dicionario de filosofia
Danilo Marcondes
DICIONÁRIO BÁSICO DE
FILOSOFIA terceira edição revista e ampliada Jorge Zahar Editor Rio de Janeiro 2001
Digitalizado por
TupyKurumin
SUMÁRIO
PREFÁCIOS BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ABREVIATURAS DICIONÁRIO INDICE DE NOMES EASSUNTOS
PREFÁCIO À PRIMEIRA EDIÇÃO
Ao longo dos séculos, a reflexão filosófica vem tecendo uma história apaixonante. E a descoberta progressiva das leis do pensamento humano constitui uma conquista cujo relato ainda não terminou. Essa epopéia deixou marcas profundas em nossa cultura e em nossa língua. Inúmeras são as palavras e as expressões que conhecemos bem, mas cuja fonte permanece subterrânea. As palavras filosóficas abrem-nos um campo de ação praticamente infinito: o do pensamento dos homens e de tudo o que existe no universo. Porque a filosofia possui uma vocação universal. Deixando às outras disciplinas do saber a preocupação de designar o particular e o concreto, ela trabalha sobre aquilo que unifica a diversidade das aparências: o geral ou abstrato. Aos leigos ou profanos, ela parece falar uma língua estrangeira. No entanto, mesmo em nossas conversas cotidiana sou em nossas leituras de jornais e revistas, deparamo-nos com termos forjados pela filosofia: conceito, gnose, maiêutica, hermenêutica, dialética, análise, teoria etc. Não falam de modo complicado os filósofos o que poderiam dizer de maneira simples? Claro que a faculdade de abstrair não constitui privilégio dos filósofos, mas da espécie humana. Mas como todos os saberes (da carpintaria à física atômica), a filosofia tem necessidade de palavras suscetíveis de designar com precisão os objetos de sua reflexão. Ela precisa de termos técnicos. Nosso esforço, neste Dicionário básico de filosofia, consistiu em dar a esses termos uma definição acessível a todos e, quase sempre, esclarecida pela etimologia. Muitas palavras da língua filosófica perderam seu caráter erudito ao serem utilizadas pela língua comum com um sentido por vezes