Dicionário filosofia
Argumentação
Por "argumentar" não se pode entender, como acontece em muitos manuais, uma coisa oposta à demonstração. O termo engloba tudo aquilo onde a questão da validade está em questão. Estuda, portanto a validade de tudo a que chamamos provas, demonstrações, justificações e defesa de ideias.
O discurso argumentativo é estruturado em quatro partes: o tema, a tesa, o corpo argumentativo e a conclusão.
Argumento de Autoridade
Um argumento baseado no testemunho de outras pessoas, em geral com uma forma lógica "X disse que P; logo, P", sendo X uma pessoa ou grupo de pessoas e P uma afirmação qualquer. Por exemplo: "Einstein disse que nada pode viajar mais depressa do que a luz; logo, nada pode viajar mais depressa do que a luz". Não há regras de inferência precisas para argumentos de autoridade, mas ao avaliar um argumento de autoridade devemos ter em mente os seguintes princípios: 1) O especialista invocado (a autoridade) tem de ser um bom especialista da matéria em causa. 2) Os especialistas da matéria em causa (as autoridades) não podem discordar significativamente entre si quanto à afirmação em causa. 3) Só podemos aceitar a conclusão de um argumento de autoridade se não existirem outros argumentos mais fortes ou de força igual a favor da conclusão contrária. 4) Os especialistas da matéria em causa (as autoridades), no seu todo, não podem ter fortes interesses pessoais na afirmação em causa. Precisamente porque em questões filosóficas disputáveis, por definição, os especialistas não concordam entre si, em filosofia os argumentos de autoridade são quase sempre falaciosos. Contudo, a maior parte do conhecimento de cada ser humano baseia-se em