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2315 palavras 10 páginas
1º Ano
Klaus
Era comum as pessoas acordarem tendo pesadelos. Mas acho que quando isso acontecia pela centésima vez consecutiva, já se tornava ridículo.
Não que eu tivesse tido pesadelos nos últimos cem dias, já que na maioria das vezes eu simplesmente apagava de cansaço. Mas de todas as vezes em que eu me lembrava de ter tido, era sempre a mesma coisa. Sempre o mesmo sonho sufocante e desorientador. Eu já deveria estar acostumado, mas tem coisas que não tem como se acostumar. Aumentei o jato de água em cima da minha cabeça. Estava debruçado sobre a pia grande do banheiro do meu quarto da residência universitária, tentando fazer com que a dor na têmpora sumisse de uma vez, com o banho de água gelada. Mas depois de cinco minutos o máximo que consegui foi um torcicolo.
Agarrei firme a beirada da pia tentando jogar minha raiva e frustração no pedaço pouco firme de porcelana. Era melhor jogar minha dor naquilo, já que a água faria seu trabalho de levar embora. Ou pelo menos era no que acreditava nas noites em que acordava enjoado, suado e com aquela dor insistente, decorrente do mesmo pesadelo. - Klaus? Tudo bem ai?
Me xinguei mentalmente quando a voz do meu colega de quarto me assustou.
Fechei a porta do banheiro quando entrei, justamemte porque não queria acorda-lo. Ele foi dormir super tarde estudando para uma prova que teríamos. Mas pelo visto não adiantou. O cara nem se mexia quando eu levava uma garota para aquele quarto, mas se eu levantasse de madrugada depois de um pesadelo, ele vinha no faro. Era um rapaz legal, meio nerd, mas era ótimo ter ele por perto, menos quando eu queria tão desesperadamente ficar sozinho, e ele adivinhava chuva.
- Tudo Vitor. – Respondi parecendo meio fraco. E voltei a me xingar.
- Outro pesadelo? – Ele perguntou do outro lado da porta do banheiro, e eu sabia que não tinha como evita-lo por mais tempo.
Fechei a torneira, puxando minha toalha do suporte. Passei rápido no rosto e nos cabelos, tirando o

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