A arte de motivar os empregados
Será que uma simples interação de cinco minutos com outra pessoa pode aumentar de forma espetacular a produtividade semanal de alguém?
Isso é possível em alguns locais de trabalho, explica Adam Grant, professor de administração da Wharton. Grant dedicou períodos significativos de sua carreira à análise do que motiva o trabalhador em ambientes como call centers, farmácias que aviam receitas pelo correio, equipes de salva-vidas de piscina, entre outros. Em todas essas situações, diz ele, o empregado ciente de que seu trabalho tem um impacto significativo e positivo sobre os demais não se sente apenas mais feliz do que os outros, ele é também muito mais produtivo.
Essa conclusão pode parecer muito emocional, porém Grant a documentou em uma série de pesquisas. Em uma experiência, o autor estudou o comportamento dos funcionários assalariados do call center de uma universidade pública encarregados de ligar para prováveis doadores. Esse é um trabalho muitas vezes ingrato: o funcionário recebe um salário baixo e passa por rejeições frequentes de pessoas irritadas com o telefone que toca bem na hora do jantar. A rotatividade é alta e o moral, via de regra, baixo. Como motivar os trabalhadores para que insistam nas chamadas e consigam doações?
Uma resposta relativamente fácil: apresente-os a alguém que foi ajudado pela doação recebida.
No estudo, de 2007, Grant e uma equipe de pesquisadores — Elizabeth Campbell, Grace Chen, David Lapedis e Keenan Cottone, da Universidade de Michigan — promoveram o encontro de um grupo de funcionários do call center com bolsistas que haviam sido beneficiados por doações de fundos à escola em que estudavam. Não foi um encontro demorado — uma sessão de apenas cinco minutos em que os funcionários puderam conversar com os estudantes sobre seus estudos. Contudo, no decorrer dos meses que se seguiram, aquela breve conversa fez uma diferença enorme. O call center acompanhou quanto tempo os funcionários